Somos inúteis!?

“Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”. Esta leitura é o versículo 10, do capítulo 17 do evangelho de São Lucas. Num primeiro momento ela pode dar uma conotação de desvalorização da pessoa, mas não é isso. Aqui o sentido é de não se ensorberbecer, não se orgulhar, nem se vangloriar do que faz.

Sobretudo na Igreja, há pessoas que se apegam a cargos e por conta disso causam um estrago na vida das pessoas e na instituição da qual faz parte. Na Igreja, nós exercemos um missão. E toda missão tem quem envia. E na verdade, a missão não é do missionário. No caso da Igreja a missão é de Jesus. Quem vai em missão é apenas um servo, “servo inútil”. E inútil, porque de fato, Deus não precisa de nós; Ele QUER precisar…

O problema do envaidecimento na Igreja ocorre então por dois motivos: 1- A pessoa chamada se sente num cargo. E deveria tal pessoa se ver num encargo, numa missão. 2- A pessoa chamada se sente protagonista (principal ator da missão) e não é. O ator principal é Deus. Ele não precisa da pessoa chamada. Simplesmente quer precisar.

Edson Oliveira

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