Existe um versículo bíblico que está na carta de São Tiago, que diz assim: “Se alguém pensa ser religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Então é vã sua religião”. Isto serve para católicos, evangélicos, budistas, espíritas… Serve para todos. Lembro-me nesse momento de uma música antiga, do cantor Fernando Mendes, cujo refrão é: “Não adianta ir a Igreja rezar e fazer tudo errado, você quer a frente das coisas olhando de lado…” Na maioria das vezes é isso que acontece, pois a língua, apesar de pequena, se não pormos um freio nela, a mesma nos destrói e destrói muitas pessoas. A mesma língua que abençoa, amaldiçoa; a mesma língua que fala em nome de Deus, fala mal do irmão que reza do lado, julga, ataca, condena…
Para ajudar, conheça a história das 3 peneiras:
“Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
– Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
– Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
– Três peneiras? Que queres dizer?
– Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
– Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
– A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
– Devo confessar que não.
– A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
– Útil? Na verdade, não.
– Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti”.
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