“A palavra anestesia tem sua origem no vocábulo grego e significa “ausência de sensações”. Popularmente, podemos dizer que é um estado em que a sensibilidade fica temporariamente bloqueada. Muitos pacientes, ao serem submetidos a algum procedimento cirúrgico, são anestesiados para não sentirem nenhuma espécie de dor.
Infelizmente, nossa sociedade passa por um processo de anestesia espiritual. Fomos anestesiados em relação à dor de quem sofre. Para não sentirmos a dor que os outros sentem, anestesiamo-nos e, assim, divorciamo-nos da solidariedade. Se em tempos distantes a preocupação com o vizinho doente era prioridade, hoje esta atitude parece não mais condizer com o homem pós-moderno. A pós-modernidade enclausurou o ser humano em suas próprias preocupações e tem lhe roubado o direito de amar.
Muitos caminham pela vida anestesiados em relação à dor de seus irmãos e irmãs. No tempo de Jesus não era diferente. Os fariseus e escribas olhavam para os doentes e sofredores e enxergavam somente a impureza. Estavam anestesiados pela arrogância de suas próprias autossuficiências. A anestesia que impedia a verdadeira solidariedade de acontecer atravessou milênios e chegou até nossos dias com uma nova roupagem, mas carregando em si mesma o mesmo veneno: a falta de amor verdadeiro”.
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12944
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