Uma das coisas de que mais temos medo na adolescência e na juventude é a confissão. Se o adolescente está vivendo um processo de autoafirmação, e isso é próprio da idade, ele tenta mostrar quem é, começa a brigar com a mãe e o pai, ele é muito carente de amor e carinho. Mas não se deve tratá-lo como uma criança. Ele está precisando reafirmar que já é adulto e entra em crise: “A quem desobedecerei? Se vou embora às 10h, o meu colega que pode chegar às 10h15 vai aproveitar para me insultar: ‘A mamãe está esperando?’”.
O número de jovens que fumam cigarro está caindo a cada dia, graças a Deus; mas o número de adolescentes e jovens que fumam maconha está crescendo numa proporção assustadora, tanto que revistas seculares estão trazendo matéria seriíssima, cientificamente corretas explicando os malefícios da maconha.
E por que isso tem ocorrido? Hoje, vemos a distância entre pais e filhos. O pai sabe tudo, o filho não sabe nada. Faça o inverso e elogie o seu filho. Não devíamos ter medo de elogiar as pessoas.
Hoje, os casais vivem o mesmo problema. Parece que temos medo de elogiar as pessoas. Não dizemos: “Como você está bem! Como está bonito! E aí, alguma novidade? Não, tudo normal.” Parece que novidade é só quando surgem situações difíceis. Quando acontece uma coisa ruim, você telefona, vai atrás da pessoa, corre para um lado, corre para o outro.
Diante da vida adotamos um olhar estragado, ferido, machucado, que gera pessoas frustradas. Não tenha medo. Dom Bosco ensina isso. Ele dizia aos pais: não tenham medo de elogiar seus filhos. Elogie a beleza física de seus filhos, elogie o corpo de sua filha, elogie o corpo de seu filho, faça com que ele perca esse aspecto malicioso, elogie as coisas belas que seu filho faz, que sua filha faz.
Um dos maiores malefícios do “encardido” é nos levar a acreditar que no mundo só há gente ruim, que as coisas que ocorrem são negativas e que só há problemas no mundo. Isso é uma grande mentira! Você precisa estar convencido disso, caso contrário, deixa de ser cristão. A grande maioria das pessoas é boa, mas, em primeiro lugar, olhe para você mesmo. Na sua vida já aconteceram muitas coisas boas e maravilhosas, isso gera a verdadeira oração.
Padre Léo, scj
(Extraído do livro “Homens e mulheres restaurados”)
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