No tempo de Jesus, havia os centuriões: As legiões romanas tinham como unidade básica de guerra a Centúria. Esta é formada por um quadrado de 10 fileiras de 10 homens cada, dando o total de 100 soldados, de onde advém o nome centúria. O centurião era o soldado responsável por comandar a centúria, dando ordens que deveriam ser prontamente obedecidas pelos soldados. Um desses centuriões, no evangelho de São Mateus, capítulo 8, versículos de 5 a 11 manifesta uma fé, simples, genuína, concreta no poder de Jesus. Uma fé que em nossos dias parece estar cada vez mais escassa: “Entrou Jesus em Cafarnaum. Um centurião veio a ele e lhe fez esta súplica: Senhor, meu servo está em casa, de cama, paralítico, e sofre muito. Disse-lhe Jesus: Eu irei e o curarei. Respondeu o centurião: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado. Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz…”
Os centuriões, representavam o domínio opressor Romano, além de serem pagãos. Motivo suficiente para serem desprezíveis e detestáveis por todos. Mas este centurião citado por São Mateus, se destaca por não exigir ao menos a presença de Jesus em sua casa. Ele raciocina de forma simples e coerente: “Dizei uma só palavra e meu servo será curado. Pois eu também sou um subordinado e tenho soldados às minhas ordens. Eu digo a um: Vai, e ele vai; a outro: Vem, e ele vem; e a meu servo: Faze isto, e ele o faz…” A lógica do centurião é: Se eu sou obedecido quando falo, quanto mais Jesus! Basta a Sua palavra e meu servo ficará curado!
Não sou contra novenas. Não sou contra Cerco de Jericó. Não sou contra jejuar. Não sou contra formas e expressões de orações e devoções. Mas é preciso termos uma fé na autoridade de Jesus como aquele centurião teve. Senão corremos o risco de crer nas novenas, nos cercos de Jericó, nos jejuns… e não crermos n’Aquele que é o sentido de todas estas expressões e manifestações de fé. Daí não seria fé e sim superstição.
Edson Oliveira
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