“Príncipe da paz”. Esta é uma das denominações de Jesus, revelada a nós pelo profeta Isaías no capítulo 9, versículo 6. Mas o próprio Jesus, sendo este “Príncipe da paz”, nos aponta como meio para conquistar o Reino dos Céus, a violência, nos dizendo no evangelho de São Mateus, capítulo 11, versículo 12, que “Desde a época de João batista até o presente, o Reino dos Céus é arrebatado à força, e são os violentos que O conquistam”. E duas coisas precisam ficar bem esclarecidas aqui:
1- Conquistar o Reino dos Céus: Fazer o que é certo, da forma certa, é Reino dos Céus sendo conquistado. É implantar os projetos, os sonhos de Deus neste mundo. E isso exige decisão pessoal. Decisão esta, que contagia outros.
2- Violência: O dicionário priberam da língua portuguesa, dá entre tantas, uma definição perfeita para violência: “Fazer alguma coisa ou consenti-la contra a vontade”.
Portanto, a conquista do Reino dos Céus, exige uma decisão pessoal, individual, regada a violência. Uma violência consigo próprio, onde a pessoa faz ou consente fazer algo contra sua própria vontade. Engano enorme é pensar no Céu de forma simplória, entendendo-O como única e exclusivamente um lugar. A conquista desse lugar, exige exige atitudes e gestos que O tragam ou O antecipe aqui na terra. E é diante dessa realidade que Jesus fala para sermos violentos, pois atitudes e gestos que deveriam ser comuns a um Cristão se perderam. Daí é mais fácil cobrar que o outro as tenha. Pois quase sempre falta vontade de fazer o que é certo.
Não levar vantagem em cima do outro, devolver aquele troco a mais que por engano o vendedor deu, ser gentil com um funcionário, não gritar com as pessoas, perdoar quem “não merece” ser perdoado, sorrir quando a tristeza insiste em permanecer, viver a castidade, a fidelidade… exige violência consigo próprio e atrai o Reino dos Céus aqui na terra.
Edson Oliveira
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