Havia uma diferença clara entre Jesus e os fariseus: Jesus ensinava com a vida. Revelava um Deus presente, que amava, curava e libertava. Os fariseus ensinavam de forma imposta. Revelavam um Deus que só cobrava, que castigava; um Deus distante. Nos conta o evangelho de São Mateus, capítulo 21, versículo 23, que certa vez, “enquanto Jesus ensinava, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se d’Ele e perguntaram: ‘Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?’” Tais perguntas foram feitas motivadas pela inveja. Simplesmente por perceberem que eles, apesar de serem sacerdotes e estarem à serviço do templo, não tinham tal autoridade. Eles não tinham autoridade por dois motivos: Primeiro, porque não viviam o que ensinavam. Falavam, exigiam, mas não faziam. Segundo, porque não tinham um amor sincero pelo que faziam, nem a quem serviam (Deus). O amor deles era pelos benefícios materiais e sociais que obtinham diante do que faziam.
Para se ter autoridade quer no aspecto religioso, como pai e mãe de família ou na vida profissional, aquele que fala deve ser o primeiro a fazer. E na verdade quase sempre quem faz já falou. É seguido e obedecido pelo exemplo que dá. Aquele que tem autoridade precisa amar o que faz. Se há amor o que é feito não é fardo, tem alegria, tem vibração e isso contagia toda equipe ou grupo do qual se participa. É por falta dessas características que vemos famílias desestruturadas, empresas fracassarem e pessoas repletas de capacidades técnicas, mas que são incapazes de liderar.
De forma prática, Autoridade é o poder delegado, ou seja, é alguém investido de um poder que lhe foi outorgado. Certa vez, escutei uma palestra, onde o dirigente dizia: “Vi um guarda que tinha um metro e meio estendendo a sua mão na frente de uma carreta que estava carregada com uma carga de 20 toneladas. No momento em que o guarda estendeu a sua mão e apitou o seu apito, a imensa carreta parou imediatamente. Por que aquela carreta parou diante daquele pequeno guarda? Porque aquele guarda estava investido de autoridade. Ele não tinha poder físico para parar aquela carreta. Porém, não foi de sua própria força que ele se utilizou para parar aquela imensa carreta com uma carga de 20 toneladas; ele foi forte na “autoridade” que lhe foi concedida pelo governo que ele servia”.
Edson Oliveira
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