Muito se fala sobre fé. Para alguns fé se resume em ritos religiosos. Para outros fé é emocionalismo, ou seja: arrepios, choro, alegria… Há ainda quem diga que fé é quando há manifestação de sinais: Curas, libertações… Gosto da definição prática contida na carta aos Hebreus, capítulo 11, versículo1: Fé é “uma certeza a respeito do que não se vê”. Existe inclusive um fato, narrado no evangelho de São João, capítulo 4, versículos de 49 a 53 que mostra bem isso: “O funcionário do rei disse: ‘Senhor, desce, antes que meu filho morra!’ Jesus lhe disse: ‘Podes ir, teu filho está vivo’. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: ‘A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde’. O pai verificou que tinha exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: ‘Teu filho está vivo’”.
Observe que o funcionário do rei, queria que Jesus fosse lá onde estava o filho dele. Jesus não vai e afirma que o filho do daquele homem estava vivo e, de fato estava. A grande lição dada por Jesus àquele povo e a nós hoje, é que a fé não depende de força, de grito, de gestos exteriores e sim de uma postura interior, fundamentada na esperança, na certeza de que Deus tem o melhor e agirá simplesmente porque Ele é Deus.
Gestos exteriores, ritos, pessoas e palavras são importantes, mas não correspondem à essência da fé; pois alguém pode viver de ritos e gestos, apego a pessoas e objetos até mesmo religiosos, mas ter o coração longe de Deus. O bom mesmo é quando as duas coisas caminham juntas. Quando os gestos, ritos, pessoas e objetos religiosos tornam-se instrumentos de Deus, mas não se tornam Deus.
Edson Oliveira