Há um episódio bíblico, conhecido como “os discípulos de Emaús”. Ele é narrado pelo evangelista São Lucas, no capítulo 24, versículos de 11 a 35 a decepção de dois discípulos de Jesus, que após o drama do Seu sofrimento e morte, retornam para casa decepcionados e sofridos por conta destes acontecimentos, esquecidos da promessa que o Senhor os fizera, de que iria ressuscitar ao terceiro dia. Enquanto retornavam, o próprio Jesus aparece e lhes questiona: “que ides conversando pelo caminho? Eles pararam com o rosto triste”. E estavam tristes porque conversavam coisas tristes. A própria fala deles os contaminou.
Palavras são como sementes, aquilo que falamos semeamos. O ouvido mais próximo à sua boca é o seu. Em seguida, os ouvidos daqueles que estão à sua volta. Portanto, aquilo que falamos, que semeamos, atinge a nós e aqueles com os quais convivemos e nos encontramos no trabalho, em casa ou nos momentos de lazer.
Quando estas palavras – sementes que lançamos são boas, têm o poder de restaurar, de curar, de dar sentido à vida. Por outro lado, quando estas palavras – sementes não são boas, são pessimistas, negativas, carregadas de mágoas, ressentimentos e vingança, podem ser devastadoras, primeiramente para quem fala, pois ouve primeiro; e por isso, contamina todos à sua volta.
Toda palavra proclamada, entra no ouvido e cala no coração. E quando o coração absorve, faz transbordar através de gestos, de atitudes, do olhar… Cuidemos com aquilo que falamos, pois pode se transformar em bênção ou maldição em nossa vida e na vida daqueles com os quais convivemos.
Edson Oliveira