Sempre quando acordo, já me consagro ao Espírito Santo. Durante todo o dia, rezo, pelo menos umas quatro vezes, a oração em línguas, porque sei que preciso ser cheio do Espírito. Estou dizendo isso não para me orgulhar, mas para você perceber o quanto somos necessitados de clamar o Paráclito.
Se pegarmos um lenço e o mergulharmos em uma vasilha com suco de morango, o suco penetrará nas fibras do tecido e ele ficará vermelho. E se o levarmos à boca, sentiremos o gosto de suco. Se o espremermos, o que sairá dele? Suco, é claro, porque o suco penetrou nele. Era isso que Jesus estava dizendo ao usar o verbo batizar: Porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias (Atos dos Apóstolos 1,5).
Não se trata de derramar o Espírito Santo em nós, mas de sermos mergulhados no Espírito Santo. É como mergulhar um lençol na água: o lençol acaba ficando impregnado deste líquido, porque todas as fibras do tecido ficam cheias dágua. É preciso que o mesmo aconteça com cada um de nós. Vós sereis batizados no Espírito Santo. Para que o Espírito nos impregne totalmente, penetrando em todas as fibras do nosso ser, é preciso que aceitemos ser mergulhados n’Ele.
Ser banhados no Espírito é a grande graça que recebemos, de tal maneira que Ele tome conta de todo o nosso ser. O que levamos aos outros não somos nós, mas o próprio Espírito Santo. A partir disso, conclui-se uma coisa importante: os dons estão intimamente ligados à graça de receber a efusão do Espírito Santo. De modo que quem foi batizado n’Ele não pode ficar sem os dons, pois estes são a mais legítima expressão do Senhor.
Fonte: Portal cancaonova.com – Padre jonas Abib