Saia depressa do túmulo

O evangelho de São Mateus conta que na manhã do domingo, após a crucificação de Jesus, algumas mulheres, ao verem que Jesus não estava no túmulo em que fora sepultado, “partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos”. Mateus 28, 8. Notaram que algo aconteceu de diferente. Certamente conversando entre si, recordaram tudo que Jesus tinha prometido: que passaria pelo sofrimento, morreria, mas que ao terceiro dia ressuscitaria. Daí, a primeira atitude foi “partir depressa do sepulcro”.

As situações de morte que nos atingem e afligem, não podem ter a última palavra. E na maioria da vezes elas têm, porque nos entregamos a elas. É certo que diante da morte de alguém, é salutar viver o luto. Diante de um casamento desfeito, é natural a dor. Diante de uma perda material é compreensível o sentimento de fracasso. Mas é preciso partir, sair, ir embora do “sepulcro”, ainda que com lágrimas.

Quanto mais próximos ficarmos do sepulcro: ficar relembrando, lamentando, culpando pessoas ou até mesmo a Deus ou pensando em morrer, mais o sofrimento e a dor lhe dominará. Comece a partir do sepulcro, buscando ajuda. O fato de ir em direção a uma solução, já lhe distanciará (ainda que um pouco) da dor que o consome.

Edson Oliveira

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