O evangelho de São João nos conta que um dia, ao cair da tarde, já escuro, os discípulos iam de barco para Cafarnaum; “soprava um vento forte e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca”. João 6, 18-19. São João ainda completa, dizendo que eles “ficaram com medo. Mas Jesus disse: ‘Sou eu. Não tenhais medo’. Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo”. João 6, 19b-21.
Fico a me perguntar, o que livrou os discípulos de um naufrágio, pois “soprava um vento forte e o mar estava agitado”, que além de prejuízos materiais, como a perda do barco, poderia ter tirado a vida deles? Não seria o fato de que mesmo em meio a esta intempérie, eles terem enxergado Jesus? Certamente, sim.
Tanto em meio às intempéries da natureza, como nas intempéries da vida, se fixamos os olhos em tais acontecimentos, estes se projetam ainda de forma maior do que de fato são. Por isso, é salutar que em momentos de “tempestades e mares agitados”, não se tome decisões, pois fatalmente nos preciptaremos e poderemos mais tarde nos arrepender. É preciso nestes momentos, desviar o olhar. Tal atitude trará serenidade, que é a garantia de uma decisão acertada.
Voltando ao evangelho citado acima, note que ao enxergar Jesus, os seus discípulos, focaram n’Ele e em navegar. Por isso, “imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo”.
Quando não nos fixamos no problema, ele passa mais rápido…
Edson Oliveira
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