O que pode destruir um relacionamento?

Há males que afetam muitos casais e que se não forem combatidos podem destruir o relacionamento

Quando falamos de rotina, trazemos à mente quase sempre o dia a dia de uma família, com todos os seus compromissos, realizados quase que de maneira mecânica. Contudo, esse mal afeta todos os relacionamentos, inclusive, alguns namoros com pouco tempo de duração ou outros que já estão se preparando para o casamento.

Muita coisa já se passou, desde aquele momento em que o casal trocara os primeiros olhares. A conversa e os momentos românticos tomavam conta, praticamente, de todos os encontros dos apaixonados. As datas eram celebradas ao completar o aniversário do primeiro beijo, do primeiro ano de namoro e, assim, sucessivamente. Cada ocasião comemorada era marcada com presentes ou passeios para celebrar a memorável data. Vez ou outra, o namorado surpreendia a namorada ao buscá-la no trabalho com um telefonema fora de hora ou com qualquer outro tipo de gesto inesperado por ela.

Depois de alguns anos, nos vemos num relacionamento estável – algo que sempre desejávamos ter – mas podemos perceber que alguns tratamentos parecem ter ficado “embolorados” com o tempo. Para os namorados, a rotina dos afazeres com os estudos, faculdade e trabalho pode ter se intensificado e, com ela, outras coisas talvez tenham se perdido ao longo do caminho.

Muito mais suscetíveis aos efeitos malévolos da rotina estão aquelas pessoas que já estão casadas. Com o crescimento do relacionamento, vieram os filhos e, com eles, a necessidade de subdividirem o tempo com outras atividades. As obrigações domésticas passam a ser múltiplas, por essa razão, não será difícil para o casal se sentir sobrecarregado e exausto com as tarefas do dia a dia. Embora estejamos cumprindo, de maneira exemplar, todos os nossos compromissos, podem acontecer mudanças significativas na maneira como os nossos relacionamentos têm sido conduzidos.

Não importa o quanto dizemos amar nosso(a) namorado(a) ou cônjuge; quando a nossa agenda nos deixa muito ocupados, é fácil perdermos a atenção para os pequenos detalhes. Sejam casais ricos ou pobres, letrados ou não, se eles permitirem que o germe da falta de tempo de um para com outro contamine sua convivência, nenhum deles estará livre de viver o esvaziamento de seu relacionamento. Esse descuido pode levar o cônjuge a achar que, como casal, os dois já não têm mais nada em comum; pois embora vivendo sob o mesmo teto, dormindo na mesma cama, eles já não se sentem mais apaixonados.

Muito se fala que a rotina pode matar a saúde de um relacionamento e que, para garantir a durabilidade do nosso compromisso, é necessário fazer viagens ou outras coisas para quebrar aquele ritmo “viciado” no qual podemos nos encontrar. Não há duvida de que um passeio ou uma viagem de segunda lua de mel, para os casais, seja uma maneira de revitalizar suas energias. Entretanto, bem sabemos que nem todas as pessoas dispõem de condições financeiras para lançar mão desses artifícios. Por outro lado, que garantias teriam os casais de que, após uma longa viagem pela Europa, poderiam livrar o casamento da falência provocada pela monotonia? Com condições financeiras para fazer uma viagem ou simplesmente para tomar um sorvete na praça da cidade, o objetivo dos casais em sair da rotina deve estar no desejo de reviverem aqueles pequenos detalhes, os quais foram as centelhas dos primeiros encontros.

Então, aquelas emoções provocadas tanto na namorada, pela surpresa de encontrar uma mensagem no celular, como na esposa, ao ver colado no espelho do banheiro um bilhete apaixonado, podem despertar no casal o sentimento de que ainda podem ser românticos, seja num banco de um jardim ou no convés de um transatlântico.

A rotina pode matar um relacionamento, especialmente, quando o casal não consegue identificar aquilo que está sendo perdido entre eles. Mas alguém precisa tomar a iniciativa de romper com a “formatação” do convívio. Não tenha medo de viver essa competição, quando o objetivo é viver bem seu estado de vida.

Fonte: portal cancaonova.com – Dado Moura

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