“Se fordes dóceis e obedientes, provareis os melhores frutos da terra”. Isaías 1, 19
Docilidade e obediência não são fáceis de serem vividas, pois existe no ser humano um grito por liberdade. Uma liberdade mal interpretada, que na maioria das vezes leva o ser humano à ruína.
“É pela liberdade que mais nos assemelhamos a Deus; sem ela seriamos como os animais, ou como os robôs ou marionetes. Por isso, Deus se revela a nós de maneira tão humilde; para não forçar a nossa liberdade a abraça-lo sem convicção, isto é, por medo, ou por outro motivo qualquer que não seja o amor a Ele. Se Deus aparecesse a nós na sua glória, poder e majestade, nossa liberdade seria “desrespeitada” por ele, não conseguiríamos dizer livremente não a Ele, pois o fulgor da sua grandeza nos dominaria. Se Ele se apresentasse a nós como um Superman, um super astro brilhante…, nossa inteligência seria ofuscada e nossa liberdade eliminada. Então, deixaríamos de ser plenamente livres, sua imagem e semelhança. O renderíamos a Ele pela força de sua majestade, e não pela escolha livre. E sem liberdade não existe verdadeiro amor.
Então, o que Deus faz e fez? Veio a nós como o mais humilde, para não ofuscar e nem ferir a nossa sagrada liberdade; não ameaçar em nós a imagem Dele. Procurou a Virgem mais humilde, no fim do Império Romano, não uma princesa romana; na escondida e longínqua Nazaré, não em Roma; nasceu num estábulo, não num palácio; viveu a pobreza de um carpinteiro, não a riqueza de um nobre; andou de jumentinho, e não de cavalo árabe; chamou os pescadores, e não os doutores, filósofos e generais da época; dormia ao relento e nas grutas da Palestina, não nas cortes reais… e morreu pendurado no madeiro, não num leito real. Deitou-se sobre uma cruz, não sobre um trono real; recebeu uma coroa de espinhos, não uma coroa cravejada de diamantes; morreu entre bandidos, não entre santos; foi vendido como escravo, não acolhido como príncipe… Foi o homem das dores, não dos prazeres…” (Professor Felipe Aquino).
É preciso então, pedir ao Espírito Santo que nos ajude a compreender e a viver o verdadeiro sentido de liberdade.
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Edson Oliveira