“Eis meu Servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição. Faço repousar sobre ele meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião” – Isaías 42, 1 – Religião vem de religare, “religar, atar, apertar, ligar bem”; esta palavra trás a ideia de que, cabe à religião atar, ligar os laços que unem o ser humano à esfera divina. A ideia de religião não pode ser entendida como um cumprimento de ordens, regras e leis, pois tal entendimento nada mais seria que uma imposição de fardos sobre aqueles que dela fazem parte. Mas quando se compreende religião como religar ou ligar bem, estamos falando de experiência. Portanto, religião precisa ser um lugar de experiência – Onde se experimenta Deus. Ali a pessoa toca ou deveria tocar nas realidades divinas, que se sobrepõe às realidades humanas.
Ora, a verdadeira religião é na prática o local do favorecimento à santidade. A respeito disso, São João Paulo II dizia que “santidade é uma intimidade profunda com as realidades divinas”. Sendo assim, a verdadeira religião promove santidade. Aqueles que dela participam, manifestam Deus em gestos, palavras e ações. O que foge disso é charlatanismo.
Edson Oliveira
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