A cada novo dia, vivemos novas experiências e sempre temos decisões a tomar. Em razão dessas escolhas podemos acertar ou errar. Na vida a dois, reconhecemos que, algumas atitudes assumidas foram malsucedidas, contudo, não deixam de fazer parte da nossa história. Sem haver a menor possibilidade de apagar os erros do passado, deles só podemos tirar a lição de não reincidir nos mesmos enganos.
Ainda que, as pessoas nos alertem sobre alguns cuidados para evitarmos os sofrimentos, em alguns momentos, estaremos arriscando a nossa liberdade , mesmo não sendo intencional, de errar.
Novas histórias
A cada dia, o casal participa mutuamente da história do outro, e não sendo possível apagar de nossa vida as más experiências, não será difícil, em certo momento, o (a) companheiro (a) tomar conhecimento dessas situações.
Diante dessas descobertas – que poderão não ser tão doces quanto gostaríamos – o desejo do cônjuge de continuar a jornada do convívio com aquele por quem se dizia estar apaixonado pode esfriar. Sob o domínio das decepções, pode-se rotular ou condenar o outro ao escárnio; difamando-o a fim de justificar o sentimento de decepção, e recusando-lhe o direito da “boa fama”. Pois, na sua natureza egoística, imagina não ser o único a saber da história do (a) parceiro (a) e considera vergonhoso partilhar a vida com alguém após tomar conhecimento do passado da pessoa amada.
Aprenda com seus erros e dos outros
Aceitamos e justificamos os nossos erros, mas não suportamos os deslizes do outro. Com memória curta ou anestesiada pela soberba deixamos perder em nossas lembranças, o fato de que, não somos irrepreensíveis. Esquecemos que, também, temos um “telhado de vidro” e por outras inúmeras vezes fomos objeto da misericórdia e da complacência de outras pessoas, quando nos víamos numa esparrela sem saída.
Na odisseia em que nos colocamos a viver no comum de um relacionamento, estará aquela pessoa que escolhemos para ser o nosso “co-piloto”. Juntos, faremos novas descobertas sobre os segredos da convivência. Assim, ninguém poderá fazer do nosso passado uma arma, disparando-a quando quiser nos ofender, chantagear ou aprisionar.
A pessoa com quem nos relacionamos é muito mais que um simples produto que – uma vez “arranhado” ou com “data de validade vencida” – perde seu valor e sua integridade.
A beleza de cada ser humano está na sua capacidade infinita de desejar viver uma nova história. Mesmo que ele tenha vivido um passado maculado pelas contingências, nenhum de nós é íntegro o bastante para julgá-lo.
Apesar de termos caído em algumas armadilhas, a nossa vida e os nossos valores não ficaram presos às “arapucas” das quais fomos vítimas.
Fonte: portal cancaonova.com – Dado Moura, Editora Canção Nova.