O profeta Amós, trás da parte de Deus, uma crítica severa àqueles que cuidavam da vida religiosa, ao dizer: “Aborreço, rejeito vossas festas, diz o Senhor, não me agradam vossas assembleias de culto. Se me oferecerdes holocaustos, não aceitarei vossas oblações e não farei caso de vossos gordos animais de sacrifício. Livra-me da balbúrdia dos teus cantos, não quero ouvir a toada de tuas liras. Que a justiça seja abundante como água e a vida honesta, como torrente perene”. Amós 5, 21-24
A crítica não é feita pelo culto prestado, nem aos rituais por estes exigidos e sim, à falta de coerência destes rituais com a vida que levavam, pois cultuavam a Deus que é justo, mas não praticavam a justiça, sendo desonestos em suas relações de trabalho e sociais.
O livro do profeta Amós como um todo, trata de uma deterioração ética e moral, apesar desta deterioração partir justamente daqueles que prestavam culto a Deus, o que tornava aquela sociedade vazia apesar da aparência de que se preenchiam. Em nosso tempo corremos esse risco também: vivemos em um mundo que se fala tanto de espiritualizar-se e ao mesmo tempo, vemos pessoas que não perdem uma oportunidade de levar vantagem, sem se preocupar com as consequências disso na vida de outros.
Edson Oliveira
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