“Disse depois Amasias a Amós: ‘Vidente, sai e procura refúgio em Judá, onde possas ganhar teu pão e exercer a profecia; mas em Betel não deverás insistir em profetizar, porque aí fica o santuário do rei e a corte do reino’. Respondeu Amós a Amasias, dizendo: ‘Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo sicômoros. O Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse: Vai profetizar para Israel, meu povo'”. Amós 7, 12-15
O profeta Amós clama por justiça social. Era um tempo de grande opressão, onde os pobres eram esmagados pelo sistema político e os poderosos, cada vez mais enriqueciam. Outro aspecto importante da profecia de Amós, era a denúncia dos problemas sociais e o esforço por tornar a sociedade mais justa. Inconformado com toda esta realidade, Amós toma a decisão de fazer sua parte, ainda que não fosse profeta – era um simples agricultor – mas se sente comprometido com a verdade.
O mentor de executivos Sérgio Chaia, diz que propósito é “a forma pela qual você quer ser lembrado”. Amós tinha sua vida, seus negócios na agricultura e pecuária, certamente lhe eram rentáveis, mas chega em um momento da sua vida, que percebe que isso não basta; sente-se comprometido em denunciar as tantas injustiças que tem visto, sabendo que isso pode lhe custar a própria vida, preferindo assim, ser lembrado como alguém que fez a sua parte por aquele povo do qual ele é parte.
Temos presenciado graves escândalos que não se resumem ao mundo político. Absurdamente, em plena pandemia do coronavírus, temos visto políticos, agentes públicos e empresários superfaturando equipamentos e insumos, matando assim, tanto quanto a própria pandemia. Este exemplo citado e tantos outros, mostram que os problemas vividos por Amós ainda persistem hoje, e que o mundo político e empresarial carecem de homens e mulheres com propósito de vida, que em suas realidades profissionais, exercem uma missão.
Edson Oliveira
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