Deus falou ao profeta Jeremias: “Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com inteligência e sabedoria“. Jeremias 3, 15. Nada acontece sem a permissão de Deus. O próprio Jesus disse a Pilatos no fatídico julgamento antes de sua crucificação, que “não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado”. João 19, 11. Portanto, todo que exerce autoridade e liderança, o faz por um desígnio de Deus. Mas nesse ponto podem surgir questionamentos, quanto a algumas pessoas que de forma equivocada exercem a autoridade que lhes fora confiada. Aqui entra em vigor o livre arbítrio. Pois aquele que recebeu autoridade, deve ou deveria exercê-la como inteligência e sabedoria.
Mas qual a diferença entre inteligência e sabedoria? Inteligência é a capacidade de absorver conhecimento, de aprender. Pessoas inteligentes sabem raciocinar para resolver problemas. Têm assim habilidade de manejar determinado conhecimento e pô-lo em prática. alguém que por exemplo, estuda 12 horas por dia, se torna inteligente ou deveria, na ausência de problemas de atenção ou cognitivos no processo. Já a sabedoria, é o Dom ou aptidão para saber aplicar os conhecimentos que adquirira. Uma pessoa sábia usa aquilo que sabe no momento certo, enxergando sempre o que deve fazer em diversas situações. Sabedoria não nasce de ideias. Uma pessoa para se tornar sábia é uma pessoa atenta, que sabe aprender com situações, com os bons e maus momentos, sempre perguntando o para que das coisas.
É preciso portanto, que a pessoa que exerce autoridade e liderança, saiba colocar os conhecimentos aprendidos em prática e de forma assertiva, ou seja, com sabedoria; pois por falta desta, não poucas vezes, vemos pessoas muito inteligentes, cometendo grandes e graves erros como no caso amplamente divulgado pela mídia, no domingo, 19 de julho de 2020, onde um desembargador humilha um Guarda Municipal na cidade de Santos-SP, ao ser multado por não utilizar máscara enquanto caminhava na praia. Ele chamou o guarda de “analfabeto”, rasgou a multa e jogou o papel no chão, além de dar uma “carteirada” ao telefonar para o Secretário de Segurança Pública do município. O referido é um clássico caso de alguém inteligente, pois é desembargador, fala além de sua língua nativa, outras como francês, mas não tem sabedoria, visto que, é reincidente em acontecimentos do gênero.
Edson Oliveira
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