“Seus irmãos ficaram, pois, com inveja dele, mas seu pai guardou a lembrança desse acontecimento”. Gênesis 37,11. Este versículo se refere a José, filho mais novo de Jacó. Este o teve na velhice e por isso, tinha uma atenção especial do pai, o que despertava ciúme e inveja dos irmãos. Como se não bastasse, aos 17 anos, José teve dois sonhos. No primeiro, disse José aos irmãos, “estávamos ligando feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e se pôs de pé, enquanto os vossos o cercavam e se prostravam diante dele. Seus irmãos disseram-lhe: ‘Quererias, porventura, reinar sobre nós e tornar-te nosso senhor?’ E odiaram-no ainda mais por causa de seus sonhos e de suas palavras”- Gênesis 37, 7-8. E sobre o segundo sonho, contou-lhes José: “Tive, disse ele, ainda um sonho: o sol, a lua e onze estrelas prostravam-se diante de mim. Ele contou isso ao seu pai e aos seus irmãos, mas foi repreendido por seu pai: ‘Que significa, disse-lhe ele, este sonho que tiveste? Viremos, porventura, eu, tua mãe e teus irmãos, a nos prostrar por terra diante de ti?’ Seus irmãos ficaram, pois, com inveja dele, mas seu pai guardou a lembrança desse acontecimento”. Gênesis 37, 9-11.
Por consequência da predileção que José tinha do pai e desses sonhos que tivera, tomados pela inveja, os irmãos de José tramaram sua morte, que não se concretizou porque Rubem, um dos seus irmãos, convence-os a jogarem-no numa cisterna e depois venderam-no a um comerciante, que por sua vez, venderam-no a Putifar, no Egito, eunuco do faraó e chefe da guarda.
A inveja é o desejo de possuir o que o outro tem, se caracterizando assim, por um desgosto diante da felicidade de alguém. Inveja é se comparar com o outro e desejar possuir o que ele tem. E os irmão de José agiram exatamente desta forma. Em termos espirituais, sabemos que Deus se utilizou de tudo isso para realizar um grande bem na vida de José, de sua família e do mundo inteiro. Mas em termos humanos, podemos perceber que José, certamente por sua tenra idade, era imaturo e diante dos sonhos, envaideceu-se ou mesmo, sem malícia e achando que todos se alegrariam com sua “ascensão”. E na verdade o que houve foi despertar nos irmãos a inveja.
O que aprender diante disso? O que fazer diante dos nossos sonhos e projetos?
1°- Entenda que nem todos torcem por você. Todos são todos. Às vezes ou muitas vezes, pessoas da nossa própria casa não torcem por nós, como no caso dos irmãos de José;
2°- Não conte pra todo mundo seus sonhos, seus projetos pessoais ou profissionais;
3°- Não tenha medo da inveja, nem de invejosos: Por eles reze como São Patrício: “Cristo no coração de cada um que pensa em mim, Cristo na boca de cada um que fala de mim, Cristo em todo olho que me vê, Cristo em todo ouvido que me ouve”. Amém!
Edson Oliveira