Jesus inicia Sua vida pública chamando os discípulos e dirigindo-se a Cafarnaum, começa a ensinar. “Maravilhavam-se de Sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas”. Marcos 1, 22.
Os escribas eram intérpretes oficiais da Lei e especialistas nas Escrituras; versados no conhecimento da doutrina, tinham como ofício, serem os professores da religião. Mas diante do ensinamento e da proposta de Jesus, quem O ouve fica maravilhado e até mesmo espantado, por conta da autoridade com que transmite Sua fala. Para um bom entendimento, recorramos ao significado de autoridade: esta, etimologicamente falando, vem de auctoritas, que deriva de auctus, que vem de augere, compreendido assim, como aumentar, aprimorar, crescer. Ou seja, a pregação de Jesus diferenciou-se da pregação dos escribas, por fazer crescer, aprimorar, aqueles que O escutavam, enquanto que a pregação dos escribas era pesada, impunha fardo, não libertava as pessoas, mas as escravizava a um “deus” castigador, punidor, distante. Desta forma, a autoridade de Jesus consistia em trazer ao povo uma experiência com Deus – Ele era O Emanuel – Deus conosco.
Em Jesus portanto, o conceito de autoridade é reformulado; sendo assim, tem autoridade quem promove o crescimento, o aprimoramento daqueles que estão sob seu comando. A pessoa que exerce autoridade (pais, educadores, empresários, religiosos…), como medida de auto avaliação, precisa constantemente perguntar a si próprio e observar se aqueles que lhe são submissos estão crescendo, se aprimorando e tronando-se pessoas melhores sob seu comando.
Edson Oliveira