Diante de uma tempestade, Jesus “repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!” – Marcos 4, 39. Espantados, os apóstolos diziam: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” – Marcos 4, 41b
Os apóstolos ficaram espantados, por verem fenômenos da natureza se curvarem diante de Jesus. E assim aconteceu: Com algo tão complexo que é era natureza, com seus fenômenos misteriosos, se curvando diante de Jesus, certamente não haveria o que não se submetesse ao Seu poder.
Este espanto dos apóstolos, me remete ao Santo Tomás de Aquino, que em seus estudos sobre a Graça e a natureza humana, afirma que “A Graça supõe a natureza e a aperfeiçoa”; por isso, é de suma importância abrir-se à sua intervenção, colaborarmos para que ela se manifeste, pois a Graça jamais agredirá a liberdade humana. No caso da tempestade por exemplo, os apóstolos colaboraram com a Graça, ao despertarem Jesus, que dormia no barco, dizendo-O: “Mestre, não Te importas que pereçamos?” – Marcos 4, 38b. Podemos aqui afirmar, que naquele momento, os apóstolos “acionaram” a Graça, dando liberdade para que ela agisse.
Guarde bem: “a Graça supõe a natureza” – Está acima de nossas debilidades. Mas precisamos colaborar com a Graça, a fim de que ela nos aperfeiçoe.
Edson Oliveira