“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto”. João 12, 24 – Esta fala de Jesus, foi especialmente dirigida a alguns gregos que estavam em Jerusalém: “Havia alguns gregos entre os que subiram para adorar durante a festa. Estes se aproximaram de Filipe (aquele de Betsaida da Galiléia) e rogaram-lhe: Senhor, quiséramos ver Jesus”. João 12, 20-21. Tal metáfora do grão de trigo, foi para explicar sobre a vida, a morte e o essencial entre elas, a ressurreição; pois os gregos cultuavam demasiadamente o corpo e a morte para eles, era algo complexo demais e terrível. Para eles, o corpo deveria, necessariamente irradiar beleza. Mas não somente tinha a ver com estética, mas com sabedoria, ética e caráter.
Para virar uma espiga, o grão de trigo precisa ser colocado debaixo da terra e aparentemente morrer. Mas em seguida, por conta dos raios de sol que lhe aquecem, se multiplica na espiga que vai brotando. A morte é a capacidade do grão de trigo liberar a vida que possui. Também para o Cristão, é preciso morrer para este mundo: Viver nele, sabendo que a ele não pertence, usufruindo do que aqui existe, sem se deixar seduzir ou ser possuído.
Edson Oliveira