“Como vencer aqueles pecados crônicos que, de tão entranhados em nós, julgamos por vezes incorrigíveis? Por mais que possa parecer estranho o que vou dizer agora, creio que a resposta seja: “deixe de preocuparse com este seu pecado como se ele fosse seu baal”. Atenção, não se preocupar não significa relaxar a consciência e continuar pecando indiscriminadamente. Isto seria um mal ainda maior, um suicídio espiritual.
Tire o foco do pecado
No século VI, lá no deserto de Gaza, havia um grande e sábio ancião chamado Barsanulfo, e o seu jovem discípulo Doroteu. Este último, por sua vez, era constantemente atormentado por um grave pecado e, mesmo tendo feito tudo o que estava ao seu alcance para superá-lo, não havia logrado êxito. Certa vez, aflito e desanimado com esta situação, Doroteu procura o seu mestre para apresentar o seu caso. Barsanulfo, o mestre, disse a ele que não mais se preocupasse com isso, e pediu que ele reforçasse sua relação com Cristo pelo exercício da humildade, da caridade, da prece confiante e do humilde exercício ao próximo.
Então, o discípulo parou de gastar em vão suas energias com a preocupação do pecado e começou a colocar em prática tudo o que seu mestre havia lhe indicado. Assim, o coração do discípulo se transformou, e com ele, pouco a pouco, toda a sua vida. Uma vida de intimidade com Deus faz reavivar, em cada pessoa, o homem interior e, naturalmente, acontece um despertar de consciência. Onde Deus entra, o pecado naturalmente se afugenta. À medida que Deus vai entrando em nossa vida e nós vamos experimentando a vida d’Ele, a morte do pecado vai se enfraquecendo. Em outras palavras, retire o foco do pecado e coloque o foco em Deus”.
Fonte: portal cancaonova.com – Gleidson Carvalho