É possível viver em paz?

Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer a divisão. Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; ficarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. Lucas 12, 51-53.

Acima, destaquei o versículo 51, de propósito, pois lendo-o, imediatamente lembrei-me do que foi profetizado por Isaias, no capítulo 9, versículo 5: “porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz.” Estaria Jesus negando a Sua própria essência? Claro que não! Entendamos da seguinte forma:

  • Existe a paz com Deus – Esta nos vem, quando nos reconciliamos com Ele. Isso pode se dar na confissão, na Eucaristia que recebemos e diariamente por uma vida de oração diária.
  • Existe a paz de Deus – Que é fruto da paz com Deus. A vivência desta primeira, nos permite ficar inabaláveis aconteça o que acontecer.

Mas ao mesmo tempo, a paz que significa nossa comunhão com Deus, pode se revelar em forma de ruptura com os homens. Um bom exemplo foi quando os apóstolos que, ao receberem ordens das autoridades para não falarem mais no nome de Jesus. Eles assim responderam: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens!” (Atos dos apóstolos,  5, 29). Por causa de Jesus eles romperam com os homens e não houve mais paz entre eles.

Evidentemente, mesmo em família, cada um faz suas escolhas e é livre para isso. Tentemos ao menos fazer a nossa parte, pagando o mal sempre com o bem. A escolha por agir como Jesus agiu, nem sempre resulta em paz com os homens; mas certamente, quem atingir esse nível, viverá em paz com Deus.

Edson Oliveira

 

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