O perigo de acostumar-se ou de perder o sentido do Sagrado

“Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. E disse: ‘Está escrito: Minha casa será casa de oração. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões'”. Lucas 19, 45-46

Os fariseus e doutores de Lei tinham se acostumado com o Sagrado. Iam ao templo, e ao invés de rezar, vendiam, trocavam, negociavam, como se aquele lugar fosse um grande mercado. Além disso, em seus negócios, tinham conduta ética e moral duvidosa: mentiam, enganavam, exploravam… Por isso, a atitude enérgica de Jesus, expulsando-os do templo.

Também em nossos dias, o risco de nos acostumarmos com o Sagrado é real. O padre Zezinho tem uma música que diz assim: “Eu vim de lá do interior, aonde a religião ainda é importante; lá se alguém passa em frente da matriz, se benze, pensa em Deus e não sente vergonha de ter fé”. Tal letra fala do Sagrado. Do gesto respeitoso de quem reconhece à distância que Deus ali está.

Não sou contra a tecnologia, mas é evidente que ela tirou de muitas pessoas o sentido do Sagrado. Não precisa ser observador para ver pessoas na Igreja, em uma Missa ou culto, acessando redes sociais, outros preocupados em tirar fotos com seu smartphone em pleno momento de Consagração na Missa, distraindo-se e levando outros a distrairem-se e ainda há aqueles, que em pleno ato religioso, atendem uma ligação. Tais atitudes citadas, são reflexos de um povo que acostumou-se ou que perdeu o sentido do Sagrado.

Edson Oliveira

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