Síndrome do pensamento acelerado, o que é?

Provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre a síndrome do pensamento acelerado (SPA), um acelerar do pensamento que nos assalta e nos desgasta. Mas o que é essa síndrome? Como o nome já diz, trata-se de uma “enxurrada” de pensamentos que invadem nossa mente e, pelo grande volume e a forma acelerada com que eles acontecem, geram estresse e desgaste mental, os quais resultam em cansaço mental e físico, brancos de memória, esquecimentos, dificuldade de concentração, queda na qualidade do sono, dificuldade para relaxar e desacelerar os pensamentos.

Podendo atingir também o corpo, com dores de cabeça, dor muscular (devido à tensão), dores de estômago e até queda de cabelo. Quanta coisa para uma simples síndrome, não é? A questão é o cérebro, que comanda nossa vida, ele é o grande regente do corpo e, quando ele está doente, todo o corpo sente. E nossos pensamentos acontecem em nosso cérebro, ele é o primeiro a se desgastar dessa forma frenética de viver desenvolvida pelo ser humano como resposta ao mundo.

Essa síndrome foi o resultado da observação clínica do médico psiquiatra Augusto Cury, que chegou à conclusão de que muitos de seus pacientes apresentam algo comum, uma mente inquieta, não conseguiam parar de pensar. Segundo ele, tudo isso é a consequência dos excessos que vivemos, os estímulos que recebemos diária e constantemente da sociedade, sejam elas fruto do trabalho, dos relacionamentos afetivos e sociais, assim como, e talvez mais importante, o entretenimento e a relação desenvolvida com a tecnologia – WhatsApp, Instagram, Facebook –, com as notícias, os vídeos, fotos e tudo o que cabe dentro de um pequeno aparelho que tem roubado o ser humano dele mesmo. A questão é que a SPA se torna um grande agente para o desenvolvimento de um transtorno muito comum no Brasil: a ansiedade. Assim, vamos construindo uma bola de neve a partir da nossa forma de nos relacionarmos com coisas e pessoas, o que, no final, se torna uma grande avalanche que nos engole e mata, pois nos priva de viver o melhor da vida.

O que fazer para minimizar a SPA?

Inicie uma atividade nova como aprender uma nova modalidade esportiva ou um novo instrumento musical, que não gere uma relação de obrigatoriedade, como aprender a falar inglês. Minimize os estímulos externos, sonoros e visuais; reduza o tempo de permanência na internet, mas quando for usá-la, tenha foco, não deixe várias janelas abertas, realizando uma atividade de cada vez, nem fique muito tempo nas redes sociais. Busque realizar atividades sociais presenciais, estar de forma inteira com as pessoas, ou seja, não estar com elas, mas preocupada com as mensagens do WhatsApp.

Na verdade, o melhor a se fazer, nesse momento, é saber hierarquizar a vida, sabendo que pessoa é mais importante que qualquer coisa, mais importante que telefone e internet, pois são coisas e não pessoas; e se preciso for, dar um tempo desses estímulos que mais o adoecem do que favorecem. Tenha coragem e o faça, desligue-se, para que tenha força para conectar com você e com a vida, desacelerando a mente e vivendo a vida com leveza.

Fonte: Portal cancaonova.com – Aline Rodrigues

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