Por vezes atribuímos ao maligno ou mesmo a alguém um mal que nos sobreveio, esquecendo-nos de nos examinar e discernir de forma sensata, o por quê dos acontecimentos. Certamente, somos afetados pelo maligno que tudo faz para nos desviar de Deus e também por pessoas, que mal resolvidas, são tomadas por inveja, ciúme e até mesmo por um desejo de ser aquilo que somos, bem como possuir o que não lhes pertence. Mas mesmo assim, não podemos esquecer que tudo na vida é uma questão de escolha, como nos ensina o profeta Ezequiel, ao dizer que “quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida”. Ezequiel 18, 26-27.
Ceder a uma tentação de trair a esposa ou o esposo, revidar uma agressão, aproximar-se ou afastar-se de determinada pessoa… tudo isso e muitas outras atitudes são decisões pessoais, uma questão de escolha, como no poema “Invictus” que inspirou Nelson Mandela durante os 27 anos de prisão, composto por William Ernest Henley (1849-1903), que foi um influente poeta e escritor inglês, que teve uma existência trágica, que incluiu a amputação da perna esquerda em consequência de tuberculose nos ossos – doença essa que, posteriormente, seria o motivo de seu falecimento – e a morte prematura de sua única filha, Margaret, aos 11 anos. Tal poema encerra dizendo que, “o tempo, a consumir-se em fúria, não me amedronta, nem me martiriza. Por ser estreita a senda – eu não declino, nem por pesada a mão que o mundo espalma; eu sou dono e senhor de meu destino; eu sou o comandante de minha alma”. William, Mandela, eu, você… temos o poder das escolhas. E com elas, as consequências.
Edson Oliveira
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