A empatia precisa ser o pilar das nossas relações.

A história do povo de Deus é marcada por inúmeras controvérsias. E não poucas vezes, vemos na Bíblia a decepção de Deus para com Seu povo. Ele mesmo não compreende porque com tanta frequência o abandonam, traem-no e desprezam-no mesmo diante de inúmeras manifestações de amor. Um destes momentos é descrito pelo profeta Miquéias, quando Deus diz: “Povo meu, que é que te fiz? Em que te fui penoso? Responde-me. Eu te retirei da terra do Egito e te libertei da casa de servidão, e pus à tua frente Moisés, Aarão e Maria”. Miquéias 6, 3-4

Note bem que Deus jamais fez nem faria mal a seu povo. Mas diante das tantas e repetidas traições, Ele os questiona. Assim também acontece conosco. Muitas vezes nos deparamos com pessoas que se comportam como se lhes fizemos algum mal e literalmente “de graça” nos ignoram, não nos aceitam e por incrível que pareça, mesmo sem contato conosco, falam mal.

No caso de Deus com Seu povo, narrado pelo profeta Miquéias, é notório como Deus age com empatia com eles, enquanto que eles agem com apatia para com Deus. Veja a diferença: Empatia é a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Significa tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente a outra pessoa. Podemos assim, chamar isso de compreensão. Respeitar e entender os sentimentos da outra pessoa. E aí está a “tristeza” de Deus para com Seu povo, pois Ele os respeitava, os compreendia, mas eles não O compreendiam e ainda O desprezava; era um povo apático – o que seria isso? O oposto de empatia. A pessoa apática é uma pessoa num estado psicológico de indiferença, que vem do grego ápatheia, que vem de páthos que afeta não somente o corpo, mas a alma do indivíduo.

Vivemos em sociedade. A vida gira em torno de pessoas. Dependemos e dependeremos sempre de pessoas. E a empatia precisa ser o pilar das nossas relações. Colocar-se no lugar do outro, muitas vezes até sem dizer nada, mas com um simples olhar, gesto, sorriso, um bilhete ou atenção, ser presença, eliminando assim a doença da apatia, da indiferença que corrói relações familiares, profissionais e até religiosas.

Edson Oliveira

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