Deus ao escolher Ezequiel como profeta, pede a ele o seguinte: “Filho do homem, come o que tens diante de ti! Come este rolo e vai falar aos filhos de Israel”. Ezequiel 3, 1
Deus sabe que palavras podem construir, mas também destruir, confundir, manipular. E por isso, teve o cuidado de orientar bem Ezequiel, diante da missão que ele teria pela frente, que era de falar ao povo de Deus, para que ele só falasse ao povo, após “comer o rolo” – preencher-se da Sua palavra, dela alimentar-se, justamente para não errar ao falar.
Falar é algo precioso, mas que pode ser também algo destruidor. Pode afastar pessoas, até mesmo causar doenças… Uma palavra mal colocada pode causar enormes estragos, destruir amizades, desfazer amores.
Antes de falar, deveríamos nos preocupar em cativar, como orientado pela raposa ao pequeno príncipe na obra clássica, “O Pequeno Príncipe”:
“Por favor… cativa-me! disse ela.
Eu bem quisera, respondeu o pequeno príncipe, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
Nós não conhecemos mais que as coisas que cativamos, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer nada. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
O que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, como agora, sobre a relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, tu poderás sentar um pouco mais perto”.
Só cativaremos as pessoas de nossa família, no trabalhos, na Igreja quando descobrirmos antes de falar, o poder do cativar. E ao cativar, saberemos falar. E ainda que falemos algo “duro” de ouvir – como Deus as vezes fala, a pessoa cativada entenderá, ainda que fique por alguns dias chateada.
Edson Oliveira
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