O livro dos juízes, no capítulo 9, tras uma alegoria muito atual para nossa vida política, ao dizer que, “certa vez as árvores resolveram ungir um rei para reinar sobre elas, e disseram à oliveira: ‘Reina sobre nós’. Mas ela respondeu: ‘Iria eu renunciar ao meu azeite, com que se honram os deuses e os homens, para me balançar acima das árvores? ’Então as árvores disseram à figueira: ‘Vem e reina sobre nós’. E ela lhes respondeu: ‘Iria eu renunciar à minha doçura e aos saborosos frutos, para me balançar acima das outras árvores?’ As árvores disseram então à videira: ‘Vem e reina sobre nós’. E ela lhes respondeu: ‘Iria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para me balançar acima das outras árvores?’ Por fim, todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Vem tu reinar sobre nós’. O espinheiro respondeu-lhes: ‘Se deveras me constituís vosso rei, vinde e repousai à minha sombra; mas se não o quereis, saia fogo do espinheiro e devore os cedros do Líbano!’”
Quando aqueles que têm coisas boas a oferecer (como a OLIVEIRA, a FIGUEIRA e a VIDEIRA) não se envolvem na política, condenam-la a ser conduzida por “espinheiros”, que na prática, vão causando feridas quase sempre incuráveis no povo e na história.
Não estou dizendo que você necessariamente tenha que se candidatar (mas se sentir esse desejo, reze e busque orientação); também envolver-se na política não é tornar-se alguém intolerante, briguento, fanático por alguém ou por um partido político. O importante é tornar-se alguém que sem paixões, se envolve na política em prol da sociedade: “A palavra “política” é derivada do termo grego “politikos”, que designava os cidadãos que viviam na “polis”. “Polis”, por sua vez, era usada para se referir à cidade e também, em sentido mais abrangente, à sociedade organizada. Onde quer que haja duas ou mais pessoas, haverá a necessidade de definir regras de convivência, limites de ação e deveres comuns. A política acontece justamente no ato de existir em conjunto” – Fonte: https://www.politize.com.br/o-que-e-politica/ .
Sendo assim, precisamos pensar em quem votar, olhando para aquela pessoa e verificando sua índole, ideias e projetos e após o voto, acompanhar para cobrar, incentivar, colaborar ou mesmo elogiar seu trabalho. Se assim não fizermos, estaremos condenando-nos a nós mesmos a vivermos à sombra de um “espinheiro”.
Edson Oliveira