A Bíblia nos mostra diversos embates entre os fariseus e Jesus. Um destes momentos é narrado pelo evangelista São Lucas e ocorreu porque os fariseus ao verem Jesus ensinando no Templo, questionaram Sua autoridade, pelo fato de conhecê-lo e conhecerem Sua família, gente simples da região. Sendo assim, “quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho”. Lucas 4, 28-30
Impressiona a atitude de Jesus, quando diante do calor das emoções, “passando pelo meio deles, continuou o seu caminho”; demonstrando uma capacidade emocional enorme – administrando Suas emoções num momento onde normalmente não seria possível. “Passando pelo meio deles, continuou o seu caminho”, significou ignorar aqueles que o ofendiam e até mesmo atentavam contra Sua vida e também ignorar as próprias emoções e deixar-se guiar pelo equilíbrio. A isto, chamamos inteligência emocional – deifinido em 1995 pelo psicólogo Daniel Goleman, em seu livro “Inteligência Emocional”, como a capacidade que uma pessoa tem, de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz.
Ao passar no meio daqueles que o agrediam com palavras e pretendiam matá-lo com “frieza” e continuar Seu caminho, Jesus nos ensina que é preciso gerenciar, administrar nossas emoções e sentimentos, sob pena de pagarmos um alto preço se assim não soubermos agir.
Existe uma pergunta que é feita constantemente: é possível fazer crescer a inteligência emocional em nós? A resposta é sim. Em seu livro já citado acima, Daniel Goleman fala sobre os fundamentos da Inteligência emcional. Destaco aqui dois deles:
1°) AUTOCONSCIÊNCIA – A capacidade de monitorar nossas emoções e pensamentos de momento a momento. Vigiar, monitorar, observar a si próprio.
2°) AUTORREGULAÇÃO – A capacidade de lidar com as próprias emoções – Não permitindo que estas nos desfigurem.
Edson Oliveira