Jesus buscou preparar bem os discípulos para o momento do seu sofrimento e morte de cruz. Um momento marcante desta preparação foi descrito por São João: “Eis que vem a hora e já chegou, em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo”. E de fato, isto aconteceu: Os sofrimentos de Jesus que culminaram com sua prisão e morte, causou uma enorme dispersão. Judas o traiu, Pedro o negou, os outros fugiram…
O grupo de Jesus, que com Ele convivia, o deixara sozinho, justamente quando Ele mais deles precisou. Ali estava um homem (porque Jesus era Deus, mas era homem) com enormes e nobres motivos para ter uma depressão e tantos outros problemas, de certa forma justificáveis, pois a traição, a solidão, o sentimento de abandono deixa qualquer um no mínimo sem chão.
O que livrou Jesus foi esta convicção: “Mas eu não estou só; o Pai está comigo”. E uma pessoa que não tem esta convicção está fadado à decepção, a se convencer que não vale a pena ter amigos, que “ninguém presta”. As pessoas sempre falharão. Erramos quando depositamos expectativas gigantescas em pessoas. Na verdade não é que as pessoas “não prestam”. Pessoas são simplesmente pessoas, sujeitas a erros. A mim e a você cabe simplesmente nos convencermos de que o Pai do Céu está conosco; daí na hora da solidão, permaneceremos de pé…
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