Reconheça-se vencedor, ainda que distante da vitória

Hoje foi para o céu uma pessoa que conheci a 9 anos. A Maria Elena ou simplesmente conhecida por Mari. A anos lutou contra o câncer. Uma pessoa extremamente alegre, divertida, que nunca perdia a oportunidade de falar algo engraçado, ainda que diante dos sofrimentos.   Quinta-feira a noite estive no hospital a visitá-la. Já em faze terminal, com muitas dores e falando quase nada, ao me ver sorriu, chorou e disse: “Que surpresa”. Conversei com ela, rezamos juntos. Ela disse que estava vendo com frequência uma mulher que parecia levitar pelo quarto e crianças à sua volta. Alguns disseram que seria delírio por conta da doença. Mas preferi acreditar ser Maria. Sim, como mãe, Nossa Senhora estava a visitar aquela filha que tanto estava sofrendo. Fiquei a pensar: Porque ela não delirou vendo um animal? Ou vendo uma paisagem ou ainda vendo alguém que já se fora? Se delírio ou não preferi acreditar que a mãe de Jesus que O confortou no Seu sofrimento aos pés da Cruz, ali naquele hospital estava a confortar a Mari na Cruz que carregava do câncer. Saí e chorei. É muito duro ver alguém que amamos sofrendo tanto. Mas saí em oração, pedindo que de fato Maria cuidasse da Mari como cuidou de Jesus na Cruz.

Depois de meia noite recebi a notícia de que a Maria partiu. Fiquei triste, mas em paz. Fui ao velório e lá rezei com amigos e familiares. Para eles eu disse que aquele câncer não venceu a Mari. A Maria venceu aquele câncer. E de onde veio esta certeza? A Mari, como Jesus na Cruz, sofreu. Mas não blasfemou contra Deus, soube manter a alegria e a fé mesmo sofrendo e sempre rezava.

E de fato, aquela mulher que ela via no quarto do hospital cercada de anjos, sim era Maria. Ela faleceu bem na solenidade desse dia de hoje, dia do Imaculado Coração de Maria. Por que escrevi tudo isso? Para dizer que temos uma mãe que cuida e para dizer que, se temos Deus, nada nos vencerá, nem um câncer, pois a Mari foi levada para o Céu por Nossa Senhora, a mulher que ela desde quinta-feira viu andando no seu leito de dor. E como disse São Paulo em Romanos 8, 37 a 39: “Mas, em todas as coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

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