“João disse-lhe: Mestre, vimos alguém, que não nos segue, expulsar demônios em teu nome, e lho proibimos”. Este texto do evangelho de São Marcos capítulo 9, versículo 38, me faz lembrar outro episódio envolvendo o mesmo discípulo e depois apóstolo João, no evangelho de São lucas capítulo 9, versículos de 51 a 55: “Aproximando-se o tempo em que Jesus devia ser arrebatado deste mundo, ele resolveu dirigir-se a Jerusalém. Enviou diante de si mensageiros que, tendo partido, entraram em uma povoação dos samaritanos para lhe arranjar pousada. Mas não o receberam, por ele dar mostras de que ia para Jerusalém. Vendo isto, Tiago e João disseram: Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma? Jesus voltou-se e repreendeu-os severamente.
Nos dois episódios, fica claro que João era alguém extremamente intolerante: “Pessoa que não pode suportar as crenças e as opiniões alheias, se divergem das suas” – Dicionário priberam. Precisamos da arte de conviver com o diferente, ainda que sem concordar com suas atitudes. O mundo padece por conta de pessoas que não sabem conviver em família, no trabalho e até na Igreja. Pessoas que não suportam opiniões diferentes…
É preciso mudar! Tolerar! Entender! Perdoar! Amar! João passou por esse processo. É quase inacreditável, mas João mudou e muito. O homem intolerante citado em dois evangelhos, foi capaz de dizer isso aqui: “Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê”. 1Jo 4, 20.
Edson Oliveira
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