É preciso que estejamos bem com nós mesmos para cultivarmos relacionamentos saudáveis. A esposa deve estar em um ambiente que possa ser aceita, respeitada, valorizada e amada pela família. Um espaço que apresenta essas características é estímulo para que elas possam desenvolver bons relacionamentos com seus cônjuges, filhos e sobrinhos, com sua sogra, seu genro, seus cunhados e amigos; enfim, com as pessoas que lhes são próximas.
Refletir o papel da esposa é o mesmo que refletir: “Esposa, onde você está?”, “Esposo, onde você está?”, “Filhos, onde vocês estão?”, “Família, onde está você?”. Este é o universo que recebe, com festa, uma mulher casada. Ela, animadamente, decide conviver nesse lugar, ter filhos e formá-los; casar-se para sempre.
Com o passar do tempo, é percebido que o modelo familiar e as contingências que lhe cercam não permitem que a sociedade perceba a esposa como aquela que edifica a sua casa por conta da sua sabedoria. Ao contrário, meninas virando esposas, esposas virando meninas e novos arranjos familiares surgindo; provavelmente, por conta dessa falta de correspondência entre função, habilidade, necessidade e responsabilidade em ocupar um espaço que requer todas essas competências. Contudo, exige também estímulos para estar, reforço positivo para continuar.
Uma das funções mais lindas da esposa é a de desenvolver um relacionamento saudável com o seu companheiro. De acordo com Roberto Shinyaschiki, em seu livro ‘A Carícia Essencial – Viva bem com as pessoas que você ama’, “alguém que vive angustiado vai criar angústia em seus relacionamentos. Alguém que vive irritado vai criar sempre brigas ao seu redor”. Por causa dessas consequências, as esposas deverão sempre se perguntar: “Qual é a minha função diante do lugar em que estou e com quem estou?” “Quem sou eu ou como eu estou sendo como esposa?”. A forma como eu convivo determina o jeito que sou em meus relacionamentos. Portanto, para viver bem, a esposa deverá estar bem consigo mesma, e isso significa estar disposta a cuidar das suas carências afetivas e não permitir que se instale um comportamento de solidão dentro do seu coração.
Complementa Shinyaschiki: “Um coração vazio é lugar para carícias negativas, que somente aumentam a dor da solidão”. Então, esposa, quem é você? Aquela que deverá ser tratada com carícias positivas, que se sente bem ao estar ao lado do seu marido. Que sempre é recebida por seus familiares com saudações – “Que bom que você veio!” –, é solicitada por seu amado para conversar, namorar, sair, rezar e se divertir. Tudo isso, porque a esposa, cercada de influências como essa, também proporcionará ao ambiente do seu casamento e da sua família a alegria, a tranquilidade, a oração, a solução, a festa e a boa convivência.
Que Deus afaste do seu coração o vazio que a leva à solidão, mas também a falta de vontade em continuar sendo a esposa esperada por seu companheiro e por seus filhos. Assim, o esposo deverá refletir sobre o lugar que ele ocupa na vida dela e de seus filhos. Então, esposo, esposa, filhos, onde vocês estão?
“Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês” (Rm 12,10). É tempo de Páscoa, vamos dar honra aos que estão em nossa família!
Fonte: Portal cancaonova.com – Judinara Braz: Administradora de Empresa com Habilitação em Marketing. Psicóloga especializada em Abordagem e Análise do Comportamento Autora do Livro Sala de Aula, a vida como ela é. Diretora Pedagógica da Escola João Paulo I – Feira de Santana (BA).
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